terça-feira, 7 de outubro de 2008

Limpeza

Até pensei em escrever sobre as eleições antes ou durante as mesmas, mas iria ser 'mais do mesmo' de reclamações e fatos que todo mundo está cansado de ouvir. Agora, com resultados em mãos e dores de cabeça a mais, posso falar sobre o que vejo delas.

A cada ano que passa fica mais difícil saber em quem votar. Candidatos não faltam e, se você for conhecido na ruas, pode se tornar um e preservar sua cadeira na Câmara. Eleição passada, eu fui mesário e pude ver de perto os 'tipos' de candidatos que eu iria escolher e tive vergonha de morar neste País. Neste ano, meu Deus, eu deveria estar morto. Uma semana antes, resolvi ver as propagandas políticas de Jundiaí e conhecer 'cara a cara' o sujeito pelo qual ganharia meu voto e, sinceramente, nenhum fez valer a pena.

João de longe, Maria do bairro, Joaquim da esquina, Cleide da padaria, Antônio da Kombi. Enfim, nada como ver possíveis concorrentes e decidir quem seria melhor para o meu bairro e não para a cidade. Mano Rato! O.O - depois desse, eu levantei da mesa e fui ler um livro. Não aguentei!

Outra coisa das eleições são os santinhos. Como eles podem gastar uma selva para fazer propaganda À TOA. Queria saber quem é o inteligente do marketing que propõe isso. Todo mundo sabe que 1% das pessoas que pega o papel, veem quem é o candidato (e joga fora o papel) e os outros 99% já fazem a sujeira pelas ruas direto. Coitados dos garis que tiveram trabalho dobrado. Isso sem contar os bandeiraços e carros/bicicletas circulando por aí, atrapalhando o trânsito. Alguém viu? Eu ignorei.

Ah, e os candidatos à prefeitura? Não temos mais escolhas? Serão sempre os mesmos toda eleição? Votei no simpatizante por falta de opção, já que anular os dois votos seria um tremenda burrice, pelo menos se eu precisar reinvidicar algo. Vamos aguentar mais 4 anos do mesmo governo e mesmas políticas públicas, mas se optamos por ele, é porque estamos acostumados com isso, não? Dos males o menor, ou que coçe menos no bolso.

Agora é esperar terminar o mandato simples de um para entrar o simples mandato do outro. Infelizmente, isso é o 'jeitinho brasileiro' que sempre tomou conta da política. A única coisa boa disso foi acompanhar o Plantão Eleições do CQC. Dizem que o programa é mais comédia do que (ou nenhum) jornalismo. Aí vai a pergunta, alguém se lembra das entrevistas do Marcelo Tas na TV Cultura em meados de 1990? Tenta procurar!

Beijosmeliga!